segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Corpo objeto e movimento humano

     Samuel Macêdo Guimarães

     Gostaria de refletir sobre uma forma de ser, um estilo de pensamento que nutre o aspecto frio e mecanicista na maneira de estabelecer ligações com as coisas do mundo: a consideração de que nosso corpo é apenas objeto.
     Quando assim agimos, reduzimos a vida a um único sentido, o da dimensão material. Assim sendo, todas as nossas relações ficam regidas por um pensamento unilateral, cujo olhar torto, dimensiona o ser humano aquém das suas reais potencialidades.
     Este equívoco nascido de uma visão frágil, de convicções unicausais, faz surgir o exagero da valorização do ter em relação ao ser, ou seja, ao Ser Humano, pois ninguém é ter humano.
     É no abandono da concepção de corpo objeto, de pensamento fracionado, alheio à totalidade e aprendendo a conviver com o corpo real, vivente de todos os seus sentidos e significados, aquele do qual temos experiência, corpo sujeito, que o mundo vai se tornando mais vivido e que nos tornamos melhor compreendidos por nós mesmos.
     Surgem dessa maneira, um conjunto de noções novas, nascidas da experiência de si mesmo, arquivadas nas memórias do nosso mundo vivido: o corpo sujeito, no qual a consciência se territorializa e reconstitui a vida humana em forma de ação com base nas causas e assim poder reconhecer a possibilidade da autoconsciência do vir-a-ser, de ser cada vez melhor.
     O movimento de ser-no-mundo é o reflexo de uma conjunção de sentidos que se desencadeiam pela consciência objetivada desse mundo. Mas não apenas consciência objetiva. A consciência de um mundo subjetivo também tem o seu lugar na construção de uma vida melhor e assim complementa-se como ser-corpo-no-mundo.
     É preciso dizer que as situações que desencadeiam as operações intuitivas estão inteiramente articuladas a um contexto de totalidade. Pedem uma significação prática, um reconhecimento corporal vivido e, certamente, uma situação concreta e aberta, para dar expressividade ao movimento pelo processo de reflexão crítica tendo por caminho a autoindagação.
     A atenção que damos a vida é proporcional à tomada de consciência que temos dos movimentos nascentes em nosso corpo. O movimento humano pode ser considerado como transcendente ao nosso corpo ou um conjunto de modalidades geradas no reflexo, percepção e intencionalidades de nosso ser total.
     A mudança de certo mundo para outro, dos movimentos construídos para mundo dos movimentos relacionais, por exemplo, exige uma corporificação da experiência para a qual se dirige a mudança, uma corporificação para vivenciar o mundo que foi mudado. Uma saída honrosa de uma visão de mundo linear para uma de visão radial.
     Uma reconstrução das condutas perceptivas do reflexo e das intencionalidades, que poderiam ser consideradas como novas corporalidades, paradoxalmente geradas do mesmo ser total. Seria então uma nova forma de ser, gerada e constituída na mudança de si mesmo?
     Demonstramos argumentos que indicam que ser-corpo-no-mundo exige uma constante reestruturação dos Espaços Tempos de Probabilidades e Possibilidades (ETPP), da mesma forma como se exige roupas adequadas para ocasiões diferentes.
     O mesmo que fazem os atores quando encenam um novo personagem, com a diferença que os corpos dos atores, nesse caso, representam um corpo construído, e na vida vivida somos nós mesmos nossos próprios autores dos movimentos ou pelo menos deveríamos ser se fôssemos autônomos.
     Ora, é preciso então pensar em alguma consistência de adequação física, mental, emocional, intelectual, espiritual entre outras, como se fossem uma só. Uma consistência de linguagens que se conectam, de corpos-no-mundo que possam construir habilidades assertivas para se viver em diferentes e distintos mundos.
     Condições que ajudem a constituir os movimentos do ser-corpo-no-mundo, no mundo que e ao qual pertencem, no jogo das intencionalidades das circunstâncias, sem perder de vista com quais Valores Humanos este jogo vai se descortinando. Esse lugar não é o mundo do corpo objeto. É o lugar de uma corporeidade na qual sujeito e objeto se reconhecem que são um só.
     Assim a importância de vivenciar situações diferentes, especialmente as ainda não vividas, é um procedimento que pode proporcionar a organização de muitos mundos vividos – em um mundo só – como um vocabulário gestual de experiências. Já sabemos por tantas provas contundentes, no mundo contemporâneo, que quando ampliamos vocabulários, convivemos melhor com diferentes mundos já constituídos.
     Sugere-se então, ao pensar na dimensão mecanicista, em uma forma de dimensioná-la mais adequadamente, construindo vocabulários de experiências de corpos-para-mundos, que também valorizem a subjetividade. Ela nos aponta ETPP de se evitar condições que produzam estereótipos de mundos vividos, de mundos desconectados da consciência de si, pois assim, constroem corpos objetos.
     Como se fazem, por exemplo, se a vida se limitasse apenas a esses mundos, nos treinamentos militares de preparação para guerras, nos movimentos de aulas de Educação Física com concepção tradicional, nos excessos cometidos nos esportes de alto rendimento por alguns, nos trabalhos em academias, quando seguem apenas o princípio unicausal do se-movimentar.
     Buscar experiências e contextos não normatizadores para dar ao movimento do ser-corpo-no-mundo, a possibilidade de estar em constante reavaliação, é corporificar experiências de corpos sensíveis, flexíveis, abertos a procedimentos fraternos. Isso é sem dúvida, compromisso de todos.
     Nossa corporeidade é a possibilidade que temos de reconhecer e de ser no mundo. Ter um corpo é, para um ser vivo, juntar-se a outros corpos, ambientes e tarefas diferentes, comprometer-se com certos projetos capazes de tornar o homem e a mulher, seres humanos, e nos empenharmos continuamente nesses projetos.
     Para fazermos aparecer tal visão de mundo é preciso estar consciente de uma metáfora para se viver, talvez uma grandiosa metáfora de alma. Espinoza nos ensina que a alma é a metáfora do corpo e não o corpo a metáfora da alma. Uma alma encarnada. Uma alma em corpo, fenomenal, viva, vivenciando sua integridade, tendo como pressuposto que somos tanto as experiências dos outros como as experiências de si mesmos e não corpos objetos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O CUIDADO DE SI

CUIDAR DE SI PARA MELHOR VIVER

Samuel Macêdo Guimarães

O campo do movimento humano é mais amplo do que percebemos, certamente, reconhecem-se múltiplas condições culturais como fontes de infinitas expressões, nessa forma de existir. Sem a possibilidade do se-movimentar, talvez não pudéssemos ser esta espécie cheia de alternativas.
Nesse campo, precisamos reconhecer que uma das coisas que mais causam esgotamento são os gestos essencialmente mecânicos, nos enclausuram em formas destituídas de amplitude expressiva e da alegria genuína. Um bom exemplo são as vivências e experiências corporais voltadas para a questão de um aprendizado de técnicas corporais, tem seu valor específico, mas em contrapartida, produzem estereótipos. Maneiras e modos de ser dentro de alguma linguagem corporal.
Sempre observo o movimentar-se das pessoas no campus universitários, nas avenidas, ginásios, piscinas, campos de futebol etc. Nessas observações é possível perceber a diferença do grau de satisfação das pessoas, por meio da espontaneidade de como se movimentam, expressando gestos de prazer. Ou o oposto, um corpo contraído pela tensão da dor ou pela pressão interna ou externa na busca de um movimento sob função orientada ou até mesmo autocentrada.
Gosto de observar e refletir sobre os gestos aparecidos nos movimentos corporais das pessoas. Fazer a leitura que se revela na observação da maneira como as pessoas andam, por exemplo. Sempre procurando um significado na forma como cada pessoa desenvolve o seu andar, normalmente percebo o quanto é singular a maneira de andar de cada pessoa, seja jovem, idoso, gordo ou magro, homem ou mulher. 
Na condição de trabalhador da corporeidade nos últimos 20 anos, posso afirmar que o gesto resultante do movimentar-se das pessoas, de uma forma geral, vai se modificando ao longo do tempo. Sempre em direção à perda de expressividade, vivacidade e ganho de tensões antinaturais. Para a mim sempre se parecem como uma carga adicional. 
Essa carga vai sendo acumulada em virtude de múltiplas causas tais como: processo coercivo na educação em geral, processo normativo do gesto, experiências vividas sem prazer, bloqueios adquiridos no dia-a-dia, envelhecimento, perda de autonomia, condicionamentos, hábitos e atitudes diversas, entre outras.
Dessas múltiplas causas, quero direcionar uma reflexão para a que considero de valor primário para o desenvolvimento de uma consciência corporal que respeite a condição humana, baseada na autocrítica, gerada do diálogo, autonomia, engajamento orgânico e emancipação nutridas pelas alteridades, princípio basilar de produção de novas subjetividades. A essa causa vou denominar de cuidado de si.
O cuidado de si é uma tarefa para ser realizada durante toda a vida, não é uma invenção filosófica. Foi um preceito de vida muito valorizado na Grécia antiga. Fala especialmente para mim, de uma recusa em aceitar a repressão de hábitos e costumes de massa que nos sugestiona recusar o que somos, diante do que é ofertado pelos estereótipos, como únicas alternativas. Dessa forma corremos o risco de nos sujeitar, de nos desconstruirmos da condição de ator da nossa própria vida. Pelo cuidado de si parece ser possível nos libertarmos dos tipos de ações recorrentes, oriundas de mundo externo com referenciais reificadores.
Apresento o cuidado de si como referencial para a vida mais autônoma e cooperativa. Não há de negar-se à solidariedade. Uma atitude para instituir-se de espírito, romper com a tradição pastoral e desvincular-se do processo sufocante de massificação. É importante questionar o que se passa na cabeça daqueles que desconhecem o cuidado de si e acreditam que todas as coisas só acontecem geradas de referenciais externos a si mesmos, no comodismo do se-movimentar sem estabelecer sentido e significados para tal. O cuidado de si exige auto-responsabilidade baseada no critério da auto-observação e de referências valendo-se de relações históricas em uma cultura gerada pelas relações humanas em todos os níveis.
Em todos os fóruns de instância universal nota-se a preocupação constante com a Educação. Estamos contemporaneamente num espaço social que se configura, como um espaço de passagem para construção de novas perspectivas de construção de corporeidades. Já não conhecemos mais o mundo que temos e nem sabemos também o mundo que iremos encontrar. 
Este processo de passagem de um mundo para o outro tem se apresentado como um processo altamente cansativo, em função das inumeráveis alterações do mundo da vida cotidiana, como conseqüência de um dos efeitos negativos da sociedade informática, o de não produzir oportunidades de experiências sensíveis. Cada gesto corre o risco de ser enlatado em forma de mais uma tecnologia corporal para preencher o vazio do consumismo.
Podemos refletir que tal processo tem produzido diversas formas de mal estar e por mais que queiramos, nosso corpo não está a altura para suportar todo este cansaço gerado pela constante busca de adaptação a sistemas cada vez mais exigentes, com características performáticas, que em si mesmos, conduzem as pessoas a níveis mais próximos da exploração. Exploração essa que pode ser até mesmo: ─ Uma falta de cuidado de si.
Penso que isto ocorre em função de condicionamentos associados a uma busca por certa forma de produtividade baseada em uma ética que exige que tenhamos corpos mais treinados para sermos, cada vez mais, melhor explorados. Daí nossos corpos, pelo próprio desenvolvimento do conhecimento técnico e pelas exigências atuais, talvez estejam fisicamente mais sãos, cada vez mais eficientes e temos conseguido nos aproximar desta melhor eficiência. 
Essa forma de  avanço, então, sugere uma forma de desconhecimento de si, pois, a promoção da competência performática não melhora a nossa humanidade. E podemos então fazer algumas perguntas para verificar se o aumento de conhecimento também aumentou o nosso bem estar, ou seja: Por que a violência aumenta? Por que a solução para uma vida melhor não chega pelo aumento performático? Por que o bem estar não é tratado como uma prioridade universal e um direito humano?
Sendo assim, só nos resta a possibilidade de assumir com coragem a nossa precariedade, através do exercício da autocrítica. Esta autocrítica é cuidar de Si. É a ousadia de querer pensar o que está acontecendo conosco a partir do próprio viver no dia-a-dia. Das nossas experiências diretas com o mundo da vida. Necessitamos caminhar em direção a um abrir-se para o cuidar de si, pois o perigo principal é estar vivo e sem qualquer consciência.
Nesse sentido, tenho como campo de estudos as vivências e experiências corporais, a vida que eu tento viver, um exercício que me torne possível encontrar um sentido possível para a vida, pois, na hipótese de ser performatizado, não posso ser insensível. Não posso ser apenas um campo de produção. Posso certamente, reconhecer que sou um ser inconcluso na impermanência do saber ou do não saber.
O que não se pode permitir é a falta de consideração para consigo, sem isso, o outro que está próximo também não é ppercebido. Não nos permitir a ficar insensível para os problemas de ordem afetivo social no mundo da nossa vida. Não perder o senso de harmonia com o todo, e contribuir para construção de uma autoimagem produzida a partir de uma relação mais harmoniosa comigo mesmo, com o outro e com o mundo. Buscar uma re-significação do saber viver, se é possível sabê-lo, referenciado no cuidar de si para melhor conviver.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


BEM ESTAR, MOVIMENTO HUMANO E SALUTOGENESE

 

Samuel Macêdo Guimarães[1]


 
Pensamos neste texto, clarificar a compreensão da relação entre bem estar, movimento humano e salutogenese. Termos que são condicionados a uma visão mais global, tentando empreender a tarefa em direção a pensar numa atitude mais ecosófica, ou seja: a relação entre o indivíduo, a tarefa e o ambiente em que se vive, de forma equilibrada e sustentada, nas múltiplas dimensões existenciais como sentido para empreender uma dinâmica humanizadora com uma perspectiva da saúde ambiental.

Nos anos sessenta, mudanças profundas na compreensão de mundo se estruturavam geradas pelo desejo de encontrar respostas para um novo vir-a-ser. Momento marcado, por exemplo, pelos Beatles. Uma alternativa de cultura musical, que demarca evolução nos movimentos de expressividade dos jovens da época. O ano de 1968 é um marco a ser considerado, como ponto de culminância, do aparecimento de novas formas de pensar o mundo.

Foi nesse período que o vocábulo paradigma, ganhou os seus quinze minutos de fama. Uma palavra que significa o sentido que se dá, ao próprio jeito de olhar e de pensar as coisas do mundo. Um Estilo de Pensamento, uma forma que traduz a concepção e o modo de agir diante dos fatos da vida, seja por ação ou omissão.

É nessa época, mais marcadamente, que no contexto da saúde se busca superar a relação de causa e efeito, contida no contexto do paradigma patogênico, no qual o conceito de saúde seria apenas ausência de doença e transforma-se progressivamente em busca de bem-estar.

Esta evolução na forma de pensar saúde, direciona a percepção a evidenciar as limitações do pensar patogenicamente a saúde como disfuncionalidade e doença, reveladas pela observação de incapacidades e sinais. Segue um curso funcional, compreende um novo conjunto de conhecimentos e revela a relação saúde, cidadania e ambiente.

Foi nesse contexto, de buscas de melhores respostas para a relação entre bem-estar, qualidade de vida, ser humano e cidadania que aparece o termo salutogenese. Salus, do latim, é saúde e gênesis, do grego, significa origens. A salutogenese vislumbra não a doença, mas os fatores que estimulam o cidadão permanecer com melhor saúde associada a bem-estar, assertividade, otimismo, autoestima, humor, poder da mente, entre outros.

Sendo esse o sentido que se desejaria na relação bem-estar, movimento humano e salutogenese, o caminho buscado deveria se apoiar em conhecer, questionar e organizar as formas de manter os indivíduos com saúde. Considera a subjetividade e o sentir-se bem consigo mesmo e com os outros uma responsabilidade relacional, demarcada pela habilidade de boa comunicação entre os atores sociais do contexto a ser vivenciado.

Por essa razão é que ao refletimos sobre a saúde no contexto do Estilo de Pensamento salutogênico, não devemos pensar em gestão da doença. A saúde não é apenas não estar doente, é muito mais do que não estar doente.

É nesse contexto que buscamos um espaço de coerência entre o Movimento Humano e a Saúde, considerando que quando o movimentar-se é consentido, torna-se prazeroso, produz bem-estar e consequentemente, desencadeia uma estrutura que organiza a salutogenese. Então temos as perguntas: Qual é a melhor forma de realizar as atividades físicas? Qual é o melhor exercício?

A resposta de tão simples que é, faz as pessoas continuarem a perguntar como se esperassem uma receita de bolo. A melhor forma de exercitar-se para obter salutogenese é aquela que te proporciona alegria, descontração, prazer. Quando é uma atividade consentida, não obrigatória, não imposta. Aquela que mais se gosta de fazer. Nesse sentido a resposta está dada. O bem-estar será um reflexo proporcional do seu livre consentimento no seu se movimentar no dia-a-dia.

Para ampliar mais a compreensão, seguem-se alguns aspectos que influenciam o conceito de salutogenese:

Resiliência - Nosso desenvolvimento pode ou não ser favorecido pelas escolhas que fazemos ao longo da vida, escolher bem exige autoconhecimento para cuidar melhor de si mesmo.

Exercício - Quase sempre é desnecessário comprar equipamentos para se movimentar, tudo depende da nossa vontade. É possível ter uma vida ativa – não sedentária – sem participar de espaços pagos. Caminhar, pedalar, jardinagem, dançar, subir escadas, faxina da casa, entre tantos outras atividades, podem ajudar.

Nutrição - Chama atenção para o uso adequado de alimentos. É preciso aprender a se alimentar visando saúde e não apenas preenchimento.

Água - Somos compostos em mais de setenta e cinco por cento de água. Este líquido é fundamental para manter a hidratação adequada.

Sol - Estratégia simples que está ao nosso dispor. O cuidado deve ser com a radiação solar, mas é preciso aprender a conviver com o Sol em alguns minutos diários e necessários.

Confiança - No âmbito da saúde mental permite-nos desenvolver relações sociais mais saudáveis. É gerada pela compreensão dos prós, contras e das circunstâncias. Às vezes é preciso ousar, noutras aguardar.

Equilíbrio - É uma constante recuperação do desequilíbrio, nos serve como bússola para captar os excessos. O caminho do meio é a melhor forma de manter uma atitude capaz de saber para que direcionamento seguir no momento de cada retomada.

Repouso - É um recurso que muitas vezes é negociado nas farmácias, deveria ser conseguido através de esforço próprio, dando espaço adequado para o ócio, meditação e atividades relaxantes. Quando adequado trará benefícios poderosos.

Ser capaz de - É algo que podemos ajudar a construir com ajuda dos outros, desenvolvendo também a nossa autoestima. Em nada nos será útil a procrastinação que nos impede de tomar as decisões necessárias ao nosso desenvolvimento.

Sentido de Coerência - As escolhas que fazemos na nossa existência requerem nexo, ânimo, conexão. É necessário assegurarmos a não-adoção de decisões baseadas em incertezas e cujas consequências são nitidamente indesejáveis. Podem ser resumidas como a capacidade de compreender o que acontece à nossa volta, de administrar os acontecimentos e de investir com empenho na própria vida, sem medo de ser feliz.

No mais, buscar sempre apreender e apreender com as próprias experiências assim como compartilhar com as experiências das pessoas ao nosso redor, nesse sentido apresento o termo compartilhar como algo que deve ser reflexionado sempre. Por essa razão compartilho este texto e deixo que cada pessoa por si mesma decida-se por uma atitude salutogênica, penso que vale a pena.




[1] Professor e Psicoterapeuta Corporal

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MÁGICA CORPORAL

Samuel Macêdo Guimarães
smgbahia@ig.com.br


Quando amanhece a cada dia da nossa vida, acordar parece ser uma magia eterna. De onde saímos? Onde estávamos? A luz novamente brilha, e nosso metabolismo vital, sob efeito do calor do sol, nos lança diante da vida como ela é.
Muitas vezes uma vida repleta de afazeres, preocupações rotineiras, tarefas por realizar, desejos buscados, idéias e ideais revelados na lida com a matéria em sua eterna relação com o espírito.
Outras vezes o prazer nos impõe um descanso necessário para repor o sentido da felicidade, mesmo passageira, ou a alegria de voltar a olhar para os entes queridos por mais um dia construído entre espaços de probabilidades e possibilidades da constante descoberta de nós mesmos no convívio do lar, trabalho ou outro lugar qualquer.
Nosso corpo começa tomando contato do retorno do sono, um estado de consciência mais profundo vai cedendo lugar ao estado de vigília. Nossa corporeidade começa a espreguiçar-se, como se anunciasse a continuidade da eterna magia que é sentir a vida.
Nossa linfa se dissolve novamente e nosso fluido sanguíneo ganha uma nova movimentação, os neuropeptídios se arrumam para a jornada do dia como se fossem músicos, afinando seus instrumentos, para tocar mais uma sinfonia.
A inteligência contida em cada célula se experimenta no ambiente corporal desperto, no grande baile que, a cada dia, dançam microorganismos eternos e unidos para formar a vida pluricelular de um macroorganismo chamado gente.
Para alguns será seu último dia, depois de uma vida inteira de vivências; para outros, o início de uma jornada anunciada, depois de um tempo de espera. Nascer ou morrer sob o signo do humano em meio a uma diversidade estonteante que este planeta oferece é uma dádiva maravilhosa.
Nossa corporeidade – que é o sentido máximo da concentração de todos os movimentos feitos ou por fazer, na direção do pensado para o realizado, ou em sentido contrário – nos envolve num élan de conhecimentos de nós mesmos que envolve múltiplos encontros nas infinitas dimensões dos espaços de probabilidades e possibilidades do ser e do estar, criando um tônus necessário ou possível para cada momento.
Nesse sentido a mágica se anuncia: é gente diferente a cada respirar, que convive com as eternas variedades, formando unidade na diversidade. É gente que olha, escuta, saboreia, percebe cheiros e sensações táteis.
Mais além: é gente que possui crenças e valores, sonha dormindo ou acordado, se emociona com situações as mais diferentes entre si. Convive com amor, alegrias, tristezas, raivas, medos e outras coisas mais.
Em outros momentos discute, dialoga. Dá e aceita opinião, percebe-se incompleta, inconclusa. Percebe seus defeitos e qualidades e admite ou não as próprias imperfeições. Briga consigo mesma, com os outros, também faz as pazes e, quando erra, pode até ser capaz de admitir que errou.
Nessa dinâmica, pode desculpar ou pedir desculpas. Sabe que nem sempre será assertiva. Ao errar, sabe que tentou e, se possível, utiliza o livre arbítrio para tentar quantas vezes quiser.
Ousa, busca desafios. Desiste ou se revolta, perde e ganha, aprendendo com cada um a dimensão de verdade e mentira que existe, tanto no ganhar quanto no perder.
Descobre novos mundos vivendo cada dia neste velho mundo de agora ou de depois. Acata as surpresas, convive com os antípodas, desvela-se nos análogos e, quando sente que sabe que não sabe, busca os guias ou as próprias guianças.
Na preguiça desfruta o ócio necessário para retomar a luta e depois se levanta, buscando seus destinos. Tenta fazer o melhor e o que mais gosta, mas, em certos momentos, procura gostar também daquilo que está fazendo.
Tira o pé da cama, apóia-se no chão para viver o momento, mas sabe que, entre um instante e outro, existem o passado e o futuro. Sabe que um é memória, e o outro é espera e esperança. Sabe que podem ser outras coisas também.
Nessa magia, ainda existe a lembrança de que é livre para se comprometer ou descomprometer e que, para isso, tanto faz a pressa ou a calma. Sabe apenas que o que mais importa é o compasso do seu tempo, do qual pode ser o próprio senhor ou senhora.
Por fim diz obrigado, bom dia, se cuida e cuida de outras gentes. Uns bem próximos, outros tão longe. Mas, a verdadeira distância, já aprendeu que está somente no pensamento.
Por isso, quando acordar amanhã, lembre-se de conviver melhor com a sua mágica corporal. Ela se renova sempre, mas é necessário obter a sua permissão.
 

 

quinta-feira, 30 de maio de 2013


REFLEXOS DE MUNDOS

 Samuel Macêdo Guimarães
 

Nossos corpos-no-mundo podem ser considerados como reflexos de mundos, vivenciados, curtidos, encantados no contexto das nossas próprias experiências.
 
Uma pausa...

Este tema merece, seguramente, a nossa atenção.
 
Reflexos de mundos são Espaços Tempos de Probabilidades e Possibilidades (ETPP) de percepções de infinitos matizes, incontáveis nuanças de corpos-no-mundo. Eles são as nossas escolhas, feitas de nossas intenções. Barro moldado da emoção de viver o dia-a-dia. Muitas vezes são conscientes. Em outras, não são.

Nossas escolhas são formas diferenciadas, quânticas, de ETPP. Elas nos conduzem a dimensões aonde, apesar das escolhas, quando as fazemos, muitas vezes não são sentidas em sua verdadeira profundidade. Mas viver é uma eterna surpresa.

Viver é então, a possibilidade do reencontro conosco mesmos, nos dimensionando em direção à eternidade, sempre aberta aos nossos interesses, sempre a espera de nosso empuxo de conexão necessária.

A surpresa constrói a dimensão da força renovadora, do encantamento que arrebata, em muitas vezes, a nossa alma, que precisa tanto do alimento da transcendência. Um holding de ETPP em direção a aventura de viver na forma de corpos-no-mundo.

Holding é o contexto sentido, baseado na Vivência Corporal, pela qual nos é permitido realizarmo-nos em meio aos diversos campos de experiências, nas suas diversas dimensões: Física, mental, emocional, psíquica e espiritual.

São reflexos de mundo, se transformam em mecanismos de sustentação que nos possibilita, nos situar, diante das Vivências Corporais, aprendendo a perceber nossa condição primeira, de estar diante de nós mesmos. Frente ao ser e ao não ser.

Através dos reflexos de mundo, estas construções de nós mesmos, transformadas pelo nosso holding de experiências, reconstroem a nossa experiência original e, por processo de autoconhecimento, estabelecemos a conexão necessária, para a comunicação integrada, de cada viagem que se realizará, do não ser em direção ao ser.

Este é o fundamento estruturante de um corpo-no-mundo mais real. Vivendo, lutando, amando. Sentindo a vida. Conectando nosso corpo-no-mundo, tendo por base nossas próprias entranhas. Fazendo e refazendo os processos que transformam nossos princípios de realidade em princípios de prazer.

A apresentação do mundo à nossa corporeidade ou de forma oposta a apresentação de nossa corporeidade ao mundo, se faz na Vivência Corporal. Um agora, que nos diz da eternidade, em forma de corpo-no-mundo, reflexo de mundo que conduz em direção à nossa pluralidade humana.

A apresentação do corpo ao mundo e/ou do mundo ao corpo é uma posição humana, investida de afetos por que somos o mundo. Uma vivência ética sem sombra de dúvidas, benéfica à vida humana. Uma ecologia corpo-no-mundo, definitivamente transformadora, para todas as situações em que viver é a única possibilidade. Morrer seria apenas a continuidade do processo.

Desta forma, o gesto que se dirige ao outro, em forma de reflexos de mundos, se for acolhedor, oferece ETPP para o processo de humanização da vida. Dá lugar para o outro habitar seu próprio desenho corporal, um holding de reflexos de mundos.

O gesto cria e depois recria a vida. Nossos reflexos de mundos são nossos saberes relacionados às nossas Vivências e Experiências Corporais. Saberes ampliados pelo conhecimento de nossos corpos-no-mundo, dos modos como a nossa vida acontece.

Nestes termos, nos tornamos seres com o sentido da esperança da presença Eu Sou. E como diz um mestre: a esperança é a memória do vivido que se torna memória do futuro. Não é por acaso que somos então, reflexos de mundos. E surge, enfim, uma pergunta chave: Que Reflexos de Mundos desejamos Ser?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


CORPOREIDADE E NATUREZA HUMANA

Samuel Macêdo Guimarães[1]

Doutorando em Educação Física, Psicoterapeuta Corporal


O ser humano é capaz de manifestar seus sonhos e paixões mais profundas ao mesmo tempo em que também pode mostrar seus mais estranhos pesadelos. O uso da inteligência e do poder para dominação só atende às necessidades de exploração. A ação humana seja individual ou em grupo em alguns setores, ainda aceita a domesticação, via de regra concorda com uma vida cheia de esforço e trabalho. Por onde andam as relações amistosas enriquecidas de afeto?
Historicamente sabemos que a escravidão é um dos modos pelo qual a humanidade tem experiência longa. Dizemos que abominamos a escravidão e fazemos disso um esquecimento. Não percebemos as novas-velhas formas de controle em atitudes que conduzem à perda da liberdade individual e coletiva e, encarceramos os que desafiam essas estreitas interpretações de relacionamento humano.
Tudo isto pode ser modificado pela vontade das pessoas, se assim for desejado. Alguns poderão dizer: " – Ahhhh, isso é utopia!". Mas podemos replicar que a utopia sempre moveu a humanidade na direção da autonomia.
Por outro lado, não se podem esquecer as barbáries vividas pela humanidade, mais contundentemente com Stalin e Hitler entre outros, passando por regimes de tantas guerras existentes ainda no planeta.
Ao abrir mão da liberdade o ser humano facilita o projeto civilizatório - talvez projeto predatório - escolhendo um caminho que sob um olhar cuidadoso e observador pode-se concluir que, no atual momento da história, esse planeta não é um ambiente seguro, alimentador e autossustentado.
Por tais reflexões, podemos nos perguntar: o que é que acontece com alguém que só pensa em subjugar o outro? Ou ainda: o que é que faz alguém permitir ser subjugado pelo outro? Como é que alguém dá tal permissão, se despoja da sua autonomia, na sua relação com o outro?
Se essa permissão é dada ou se isto realmente é possível, pode-se ter a esperança de recuperar as relações se as escalas relacionais forem niveladas? Isto é, ou todos com poder ou ninguém com poder? Neste dilema só se antevê uma resposta: se não é possível para a humanidade conseguir tal ajuste, as pessoas é precisam se viabilizar umas às outras, nas suas humanidades.
Estas são, sem dúvida, questões complexas, mas conversar sobre elas, estabelecer diálogos, é verdadeiramente uma semeadura que podemos praticar como exercício para prevenção da barbárie e preparação para autocrítica.
Para isso é preciso partir do princípio de que não temos respostas prontas, as respostas poderiam ser circunstanciais, mas é preciso se deixar questionar, se desconstruir.
Não é necessário dizer algo definitivo, mesmo porque não cremos na possibilidade material de uma verdade absoluta. Estamos aqui pensando na possibilidade de correr o risco, de ser aceito como somos, mas sempre na lógica da contramão de qualquer princípio de subjugação.
Um ponto de partida pode ser a nossa preocupação com as compreensões de mundo que cada um possui. As variadas percepções, umas em estado de cristalização, outras em constante mutação. Todas construídas por circunstâncias e experiências criadas pelas realidades em que cada um vive.
A complexidade do ser humano nos leva a pensar que a vida pode oferecer possibilidade de experimentar, conhecer, praticar formas de ser e estar no mundo. 
Quando se compreende a linguagem de cada mundo, este mundo vivido pela compreensão da própria linguagem dá ao ser humano sempre a possibilidade de ter a aceitação da sua verdadeira natureza, isto é, a sua própria e singular humanidade. 
Daí é possível pensar que a consciência é de fato muito importante para relação entre pessoas. Ela é a chave para que se coloque sob um cuidado minucioso a própria vida, nesse sentido a vida humana. A compreensão desses fatores pode ajudar na possibilidade de superação do mal estar civilizatório.
Assim pode gerar uma existência emancipada, consciente das necessidades de transformações, sempre impulsionadas pelo diálogo. Uma superação que tenha como motivação, o compartir, a distribuição justa da riqueza. Uma integração cooperativa globalizada, desde que seja no sentido da universalização das relações fraternas entre os povos.
O equívoco foi gerado a partir de uma compreensão de separação entre corpo e mente. O corpo representante da matéria, moldável, finita e a mente representando o indivisível, o inatingível. Uma compreensão de mente como programa de computador.
Nesta visão, a vida é estática, fria e impossibilitada de encantamento. Ficam negligenciados os cuidados subjetivos. Perde-se a percepção do viver interagindo com o ambiente interno e externo, pois se pensa que cérebro e corpo são separados como peças de um mecanismo.
Toda a discussão sobre a separação entre corpo e mente parece se resolver quando se assume que somos sistemas indeterminados e, por esta razão, existem determinados fenômenos que não ocorrem dentro do corpo, e sim nas relações com os outros.
Cada corpo expressa sua corporeidade. Todas as corporeidades expressam a humanidade, ou talvez uma não humanidade. Talvez assim possa se tornar claro que o ser-corpo-no-mundo, se faça emergir, como conhecedor das aprendizagens que florescem nascentes no mundo visível pela corporeidade, nas experiências de se movimentar, no mundo existencial que também é sensível.
Assim podemos sonhar com uma vida mais humanizada que se aposse de nós. Corporeidade poderia ser um conceito que nos remeteria a uma concepção de vida? A corporeidade só pode ser expressa na medida em que o organismo humano elabora sentidos e significados com o ambiente interno ou externo.
Esta poderia ser a metáfora mais próxima de uma humanidade em harmonia com a sua natureza. Cremos que vale a pena aceitar o desafio. O de nos tornarmos cada vez mais, apenasmente, seres humanizados.





[1] Membro da AGRAL – Academia Grapiúna de Letras
  Prof. da UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A MENTE FAZ O CORPO

Samuel Macêdo Guimarães
Mestre em Educação Física, Psicoterapeuta Corporal


Uma frase espetacular é que dá o título a esta coluna de hoje. Quantas reflexões são possíveis valendo-se desta temática. Muitas delas tão antigas quanto a própria história do homem. Outras, particularmente contemporâneas, apontando em direção a todas as possíveis revoluções de conhecimento.
Esta é uma época de avaliações em conseqüência do grande ciclo solar de cinqüenta e duas semanas que se finda. Trezentos e sessenta e cinco dias novos estão por vir e, precisamos acolher estes novos dias com maior discernimento e sabedoria.
Vivemos agora um espaço de probabilidades e possibilidades de permitir que a nossa mente se organize para cumprir as metas para cada ano que renasce. Queremos prosperidade, abundância e tudo mais que acompanha os ventos sutis da renovação da vida. Por que então não tentamos?
Muita gente não afeta a sua realidade criadora por que pensa que não pode. Não acredita que pode. Escrevem suas propostas de final de ano e no terceiro dia já se esqueceram dos seus propósitos. Permitem que sua mente perca a concentração e simplesmente afirmam que não conseguem fazer isso ou aquilo.
Existem muitas suposições sobre como é o mundo. Com o avanço da ciência muitas foram descartadas por não expressarem conhecimento verdadeiro. Muitos conhecimentos poderão se revelar como falsos. Muitas vezes ficamos presos a certos conceitos sem saber que são passíveis de mudança.
 No mundo dos escapismos, sejam materialistas, sejam religiosos entregamos a responsabilidade da nossa vida aos outros. O nosso sucesso está simplesmente, em nossas mãos, depende das nossas decisões e das condições de assertividade que criamos, no empenho, dedicação e reavaliação, para obter melhores resultados.
As perguntas que seguem, são de um filme que vale a pena ser visto: What the bleep do we know!? - No Brasil o título é: Quem Somos Nós?  Vejamos:
  • Por que continuamos recriando a mesma realidade?
  • Por que continuamos tendo os mesmos relacionamentos?
  • Por que continuamos tendo os mesmos empregos repetidamente?
  • Nesse mar infinito de possibilidades que existem à nossa volta, por que continuamos recriando as mesmas realidades?
  • Não é incrível existirem opções e potenciais que desconhecemos?
  • É possível estarmos tão condicionados à nossa rotina, tão condicionados à forma como criam nossas vidas, que compramos a idéia de que não temos controle algum?
Acontece que somos campeões de construir curtos circuitos exatamente por que, de uma forma geral, respondemos afirmativamente todas estas questões e nem temos plena consciência dos porquês.
Condicionados pelo processo de repetição, mais ou menos como na música Cotidiano de Chico Buarque quando diz: “Todo dia ela faz tudo igual...” perdemos o senso do eterno retorno de todas as coisas. Do infinito espaço das probabilidades e possibilidades.
Encerro com uma Mensagem de Swami Sathia Sai Baba que compartilhei com alguns amigos. Partilho agora com os leitores:
A mente não tem uma configuração distinta, ou um formato. Ela assume a configuração, ou a forma, da coisa a que estiver associada. Perambulando de vontade em vontade, voando de um desejo a outro - essa é sua natureza. Assim, a mente é a causa de perda e dor, de euforia e depressão.”
“É vantajoso ao Ser Humano, para seu benefício supremo, conhecer as características da mente e os meios para dominá-la. A mente está inclinada a reunir experiências e as armazenar na memória. Ela não conhece a arte de renunciar. Nada é descartado pela mente.”
“Como conseqüência, ela continua a se agitar em mágoa, ansiedade e miséria. Abandone o que tem de ser descartado, conheça o que deve ser alcançado e, então, a bem-aventurança torna-se sua natureza. Portanto, abandone a idéia de o mundo ser real; reconheça a realidade do Ser Interior e alcance a Fonte Interior: Deus.”
E acredite, sua mente faz o corpo. Seu corpo é a expressão visível da sua existência repleta de felicidade, bem estar e abundância se assim você o fizer. Somos o cocheiro, o timoneiro da nossa mente. Não entregue esta a responsabilidade a terceiros.
Neste período de força criadora em direção aos novos propósitos para viver melhor, congratule-se com o que nos doam a vida para nos tornarmos mais divinos nos atos, ações e omissões. Felizes Anos Novos!